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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Boas Festas!

É uma realidade, estamos em Dezembro, mês em que celebramos o Natal!
Por todo o lado vemos espalhados enfeites de Natal e desejos de um santo Natal. As tradições de montar e decorar a árvore de Natal e o presépio ganham vida em cada casa e em cada estabelecimento comercial. E sem saber explicar muito bem o que é, todos sentimos uma magia à qual chamamos espírito de Natal.
 
Apesar de todos os anos revivermos esta quadra, para mim o Natal nunca é somente "mais uma quadra natalícia", pois a cada ano que passa o espírito natalício enche-me de esperança (apesar dos tempos cinzentos que vivemos...) e palavras como partilha e amor, para além do momento de reunião em família, ganham, mais uma vez, todo o sentido.
 
À parte da vertente comercial desta época e de assuntos como a "crise" considero que o Natal é para ser vivido com a vontade de melhorar o mundo e de acreditar em nós mesmos. Inevitavelmente, e de uma forma global, penso que todos nós passamos mentalmente em revista o ano que atravessámos e concebemos novos desejos ou reforçamos velhas vontades, para o ano que se avizinha. Assim, num momento de inspiração, convido os nossos viajantes a reflectirem um pouco e a porem por escrito os seus votos para o ano de 2013, como que em jeito de "Carta ao Pai Natal" (quem disse que a carta era só para as crianças?). Atrevam-se a sonhar e nunca deixem de perseguir os vossos sonhos no próximo ano! Eu já fiz a minha carta e como não poderia deixar de ser, entre outras coisas, pedi ao Pai Natal que me permita poder continuar a viajar e a conhecer o nosso maravilhoso planeta Terra :)


As Papa Milhas desejam a todos os nossos viajantes um santo Natal e um próspero Ano Novo de 2013!
 
Continuem connosco e boas viagens :)

domingo, 9 de dezembro de 2012

As Papa Milhas nas Filipinas... e um tufão!

Queridos viajantes
 
Como sabem a nossa Papa Milhas Inês está de viagem pela China e Filipinas! Contudo há sempre situações imprevistas que não conseguimos controlar e o Tufão Bopha é um bom exemplo disso. Já nas Filipinas, a caminho do sul deste arquipélago, a nossa Papa Milhas teve de alterar todos os planos e dirigir-se para o norte, de forma a conseguir escapar às alterações climáticas que esta tempestade fez acontecer e que devastou esta zona. De qualquer forma está bem de saúde e a aproveitar todos os minutos desta fantástica viagem! E o que interessa é que depois deste valente susto, e muita adrenalina à mistura, está tudo novamente a correr bem e quando regressar terá, concerteza, muito para partilhar connosco :) mas ainda lhe falta uma semana de viagem, durante a qual irá conhecer Pequim e visitará a Grande Muralha da China!
 
Continuação de boa viagem Papa Milhas e aproveita muito!

sábado, 8 de dezembro de 2012

Colecções especiais!

Se há uma loja na qual eu consigo passar uma tarde inteira e perder a completa noção do tempo, essa é a Loja do Gato Preto! Se eu pudesse (acreditem!) passava a vida a (re)decorar a minha casa com as diversas colecções desta loja. Desde as peças de mobiliário aos texteis, dos conjuntos de cozinha e de banho aos diferentes objectos de decoração, quase tudo nesta loja me encanta. E claro, como grande fã de viajar não consegui, de todo, ficar indiferente à nova colecção "Gatolândia", já viram? Começando pelos globos, passando pelos quadros, particularmente o grande quadro magnético com o mapa mundo onde podemos colocar ímans nos locais que já visitámos (um verdadeiro must!) e sem faltar o serviço de mesa e os respectivos texteis, repletos de gatos, tal qual verdadeiros "navegadores" ou a dar forma aos diferentes continentes, esta é uma colecção absolutamente fantástica! Olhar para esta colecção põe-me de imediato um sorriso nos lábios pois faz-me lembrar o quanto me dá prazer viajar e faz-me viver um dejá vú pelos locais que já visitei e, claro, pensar nos locais onde gostaria de ir. Quando puderem, aconselho-vos a espreitarem e verem pelos vossos próprios olhos ;)
 
 
Boas viagens :)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Parabéns Tio Patinhas!

Ontem, dia 02 de Dezembro de 2012, comemorámos o 65º aniversário do pato mais famoso e mais rico do mundo, o Tio Patinha$! Relembrar alguns dos trailers destes desenhos animados fez-me "viajar" pela minha infância e recordar :) O Tio Patinhas é um boneco único e inesquecível no universo das personagens da Walt Disney, verdadeiras obras-primas. Em jeito de caricatura da avareza, a expressão "Tio Patinhas" é normalmente atribuída como alcunha às pessoas mais forretas que, claro, todos nós conhecemos!
 
E como não pudia deixar de ser, particularmente nestes tempos em que só se ouve falar de crise, o confronto com a riqueza deste "Sr. Pato" faz-nos pensar no que faríamos com tanto dinheiro... e sonhar! Na possibilidade remota de ganhar esta lotaria ou o popular Euromilhões, em vez de contarmos tostões poderíamos simplesmente mergulhar neles! Particularizando para o meu caso, confesso que para além de dividir a riqueza com os meus familiares, assegurar um futuro confortável e pôr de lado uma parte como poupança, o meu sonho era, sem qualquer dúvida, fazer as malas e partir de viagem à volta do mundo, durantes largos meses! Nada me havia de escapar :) E heis senão quando passo a vista por esta capa perfeita:


Vinha mesmo a calhar! Enquanto não tenho uma caixa-forte como a do Tio Patinhas, nem me posso ausentar por tempo indefinido e percorrer todos os cantos do nosso planeta, resta-me continuar a ter esperança, sonhar e poder gozar com o que já percorri e que vou partilhando convosco :)
 
As Papa Milhas desejam Muitos Parabéns ao Tio Patinhas e que conte muitos mais anos!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Milão

Após a visita ao Lago di Como regressei a Milão. Mesmo quem lá não foi, certamente já ouviu falar desta cidade. Pessoalmente já ouvi opiniões diversas mas o seu lado cosmopolita e a sua "alcunha" de capital da moda são pontos unânimes. Condicionada pelo tempo de que dispunha, e pelas opções do itinerário que tracei, preferi focar-me em conhecer o centro da cidade e, particularmente, o seu Duomo, de forma a poder ficar rendida a esta cidade, ao invés da possibilidade de ficar algo desiludida com esta metrópole, como tanto me avisaram...
Hoje em dia Milão é a segunda maior cidade italiana e a terceira maior área metropolitana da UE. Para além de capital da moda é o centro financeiro, industrial e cultural de todo o país, pelo que, por si só, é um destino bastante atractivo para os turistas que viajam pela Europa e, particularmente, por Itália. Dispõe de uma boa rede metropolitana, o que facilita as deslocações na cidade.


De forma a evitar a confusão e o tráfego rodoviário da cidade, assim que foi possível estacionei o carro e apanhei o metro, que tem uma estação chamada Duomo e que sai mesmo na praça central de Milão, Piazza del Duomo (intersecção linhas amarela e vermelha).


É indiscrítivel a sensação que se tem quando se sai da estação de metro e nos deparamos naquela praça, de frente para a construção majestosa, de estilo gótico, que é o Duomo de Milão! Os Duomos são igrejas ou catedrais, sob a forma de imponentes construções religiosas, verdadeiros símbolos arquitectónicos de cada cidade. E o Duomo di Milano, na minha opinião, não tem comparação a qualquer um dos outros que conheci nesta viagem, pois é realmente de uma beleza difícil de descrever! O próprio ambiente que se vive nesta praça é único, quer pelas pessoas locais que por aqui passam, quer pelos turistas que a visitam e pelas actividades lúdicas ou culturais que aqui vão ocorrendo.



A construção do Duomo, projectado pelo Leonardo Da Vinci, foi iniciada no século XIV e concluída após  cerca de 500 anos!
O próprio interior do Duomo é de grande imponência e está repleto de lindíssimos quadros e vitrais! A entrada em qualquer Duomo requer vestuário adequado para quem entra num local sagrado, pelo que pessoas com mangas cavas, decotes e saias ou calções acima do joelho não estão autorizadas e são mesmo barradas! A entrada é gratuita.





Mediante pagamento há também a possibilidade de subir ao terraço do Duomo (de elevador ou de escadas com cerca de 165 degraus). Do terraço obtemos uma boa vista panorâmica da praça e também de toda a cidade de Milão. É na cúpula deste terraço que encontramos a estátua dourada da Madonnina, a padroeira de Milão.




É também nesta praça, à direita do Duomo, que encontramos as famosas Gallerias Vittorio Emmanuelle II, o shopping mais antigo de Itália, repletas de lojas de marca e bons restaurantes e cafés! Com um formato em cruz, entradas sob a forma de arco e cupúlas em vidro, estas galerias levam-nos a viajar no tempo! Interligam duas praças e duas das construções mais famosas de Milão: a Piazza del Duomo  (e respectivamente o Duomo) e a Piazza della Scala (e o Teatro alla Scala ou La Scala, uma das mais conhecidas casas de ópera de todo o mundo que, infelizmente, não tive oportunidade de conhecer).
Quando entrei até encontrei um casal recém-casados, vestidos de noivos, a posar para a sua sessão fotográfica pelo que estas galerias servem de pano de fundo para vários tipos de eventos!


 
Mais uma dica que me ia esquecendo... à semelhança de outras cidades, o turista já pode adquirir o "Milano Card", um cartão que permite conhecer as principais atracções desta cidade. Este cartão turístico garante o acesso gratuito à rede de transportes públicos de Milão, assistência médica gratuita e desconto de 25% em cerca de 150 serviços, onde se incluem restaurantes, monumentos, museus e lojas que tenham acordo. O custo deste cartão é de 6,5 euros por um período de 24h ou de 10 euros para 3 dias (acresce um custo de 3 euros caso seja encomendado online), com a possibilidade de ser recarregado. O cartão pode ser adquirido em vários pontos na cidade ou ser comprado online. Atenção que no primeiro caso apenas é vendida a modalidade dos 3 dias. Espreitem em http://www.milanocard.it/ e confirmem as condições e vantagens.
 
Esta foi uma passagem curta, mas muito interessante, por Milão. Apesar desta cidade não ter a história de Roma, o romantismo de Veneza ou a vertente artística de Florença, o que vi adorei e recomendo vivamente!
 
De volta à estrada segui para Veneza...


domingo, 25 de novembro de 2012

Lago di Como

Após desembarque noturno em Milão e uma primeira noite nesta cidade, o Lago di Como foi a minha primeira paragem em Itália. E não pudia ter começado melhor! 

O Lago di Como está localizado entre os Alpes (na fronteira com a Suiça) e as planícies do Rio Pó, na região italiana da Lombardia. De origem glaciar é o terceiro maior lago de Itália e um dos mais profundos de toda a Europa. Com uma forma peculiar, de Y invertido deve o seu nome à província italiana de Como, situada a sudoeste.
 

Esta é uma região de grande tranquilidade, onde se vive a natureza e se respira ar puro. Dada toda esta envolvência idílica é procurado por muitos como uma escapadela romântica ou em busca de inspiração! Rapidamente percebi o porquê de tantos famosos e pessoas da realeza escolherem este destino para férias ou mesmo para ter uma casa.


Recomendo esta paragem para quem se encontre em Milão ou nos seus arredores pois vale mesmo a pena conhecer este cantinho de grande beleza natural. A uma distância de cerca de 45 minutos a norte de Milão, sei que é possível chegar lá de carro ou de comboio. Nesta segunda opção, basta apanhar o metro até à Stazione Centrale (intercepção linhas amarela e verde), comprar aqui o respectivo bilhete e apanhar o comboio para este destino - estação Como S. Giovanni. Uma outra alternativa é comprar junto de uma agência turística, um tour organizado no Lago di Como (algumas partem do Duomo de Milão, o que é sempre uma boa referência). Como vos disse, eu assegurei previamente o aluguer de um Fiat 500 pelo que, de mapa na mão, estudei à priori o caminho a fazer, o que se revelou mesmo muito fácil! É também possível fazer um passeio de ferry boat no lago que, com pena, acabei por não realizar.
 

 
Seguidamente regressei a Milão... mas de Milão vou falar-vos num próximo post!
 
Boas viagens :)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

De partida!

Caros viajantes, ultimamente o tempo para escrever escasseia pois tenho andado ocupada com os últimos preparativos da eminente viagem. Amanhã por esta hora estarei no avião, ansiosa por chegar ao destino final, que por enquanto, é Macau. Vão ser três semanas muito diversificadas e completamente preenchidas. Depois de Macau, segue-se Hong Kong e posteriormente Filipinas. Não vejo a hora de estar numa daquelas praias paradisíacas com uns fantásticos 30 graus! Longe de mim fazer inveja a alguém ; ) Mas não é tudo, a viagem acaba com quatro dias em Pequim e uma visita à emblemática Muralha da China.

Os dias que antecedem uma viagem são sempre dias de alguma agitação e ansiedade, uma ansiedade agradável de certa forma. Entrei em contagem decrescente há algum tempo, mas a última semana custa sempre mais a passar. A mala está praticamente pronta e só ficam a faltar aquelas coisa de última hora que se põe antes de fechar! Tenho de confessar que tive alguma dificuldade em fazê-la tendo em conta a diversidade de climas que vou apanhar (muito calor, ameno e frio de "rachar").
Vão ser três semanas muito intensas que tenciono partilhar com vocês quando voltar! Por isso, aguardem-me...

domingo, 18 de novembro de 2012

Que tal o Perú?

Ultimamente o trabalho tem sido exigente e o tempo voa, pelo que não tem sido possível estar mais presente no blogue. Peço desculpa aos nosso viajantes mas é mesmo a realidade! Contudo, passei por aqui hoje para partilhar convosco que já ando a sonhar com a minha próxima viagem, no próximo ano... é mesmo oficial!
 
Opções não me faltam e destinos de eleição são vários, mas há um em particular que me tem tentado bastante, ou não fosse eu uma amante inveterada pelas grandes civilizações antigas... o Perú e a civilização Inca! Decididamente vou regressar ao continente americano e apesar de alguma indecisão entre a América do Norte e a América do Sul, o Perú tem vindo a pesar cada vez mais. Quanto mais leio e procuro sobre este país, mais me apetece tornar esta viagem uma realidade. Num impulso dei por mim a comprar o livro deste país e a lê-lo e relê-lo! Lima, Arequipa (com Canion de Colca), Cusco, (com Machu Picchu), Puno (Lago Titicaca) e Amazónia são paragens obrigatórias pelo que são necessários pelo menos 15 dias neste paraíso! Já ando à procura de ajuda na construção de um itinerário e inclusivamente já estou em contacto com algumas agências turísticas locais, mas os valores são um pouco assustadores...  e em tempo de crise, sei que vai ser preciso fazer uma boa ginástica à carteira para conseguir concretizar este sonho, por isso se alguém me puder ajudar a encontrar boas opções e em conta, são muito bem-vindos! Anybody can help me, please?

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Itália

Já que a Inês decidiu viajar por Paris eu escolhi continuar pela Europa e começar a falar-vos da piu bella Itália! E há país mais belo? Para mim não, à excepção, claro, de Portugal :) Sim porque apesar de gostarmos de "Papar Milhas" não nos esquecemos nunca e defendemos acima de tudo a beleza do nosso país, sem dúvida, inigualável!
 
A viagem a Itália aconteceu o ano passado, no mês de Setembro durante uns milimétricos 9 dias, com estadias divididas entre Milão, Veneza, Florença e Roma. Após a saga habitual de marcar vôos, escolher alojamentos e combinar aluguer de carro (um Fiat 500 claro!), tracei o seguinte itinerário:
 
- Milão
- Lago di Como
- Veneza
- Pádua
- Verona
- Florença
- Pisa
- Siena
- San Gimignano
- Assis
- Roma
- Vaticano
 
Que vos parece? Para mim esta foi uma das melhores viagens que fiz, até hoje, que recordo com muitas saudades e com vontade em repetir e acrescentar ainda o sul e as ilhas.
Sem dúvida um país lindíssimo e com uma civilização antiga cheia de história!
 
 
Acompanhem-me nos próximos capítulos e boas viagens :)

domingo, 28 de outubro de 2012

Paris

Hoje acordei a pensar em Paris! Não me perguntem porquê - não saberia responder, mas às vezes acontece-me acordar com o pensamento num qualquer sítio que já estive. Já fui a Paris três vezes, a última das quais em Setembro de 2011. É tão bom quando se regressa às cidades e já não sentimos aquela "obrigação" de as conhecer de ponta a ponta e visitar todos os museus, igrejas, etc. Porque já fizemos isso antes e desta vez podemos simplesmente viver a cidade e voltar apenas aos sítios que mais gostamos... Foi isso que me aconteceu a última vez que estive em Paris. E escusado será dizer que vim de lá rendida a esta cidade que antes não me despertara grande paixão. 
E quando falo de viver a cidade, falo de deambular pelas ruas, sentar numa esplanada a ver a multidão passar, ver o por do sol num qualquer ponto alto da cidade, perder uma ou duas horas a espreguiçar ao sol nos jardins de Tuileries... Isto tudo sem pressas, sem nos sentirmos culpados por estarmos a desperdiçar tempo que devia ser ocupado a fazer outra coisa. E, como não poderia deixar de ser, também voltei a alguns locais emblemáticos de que tanto gosto: Torre Eiffel, Museu D'Orsay, Sainte-Chapelle, Centro Georges Pompidou. 

Hoje só quero partilhar convosco algumas fotos desta magnífica cidade que tem tanto para dizer dela que não me atrevo se quer a tentar!















quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Batu Caves

As Batu Caves, um monumento natural, são um complexo de grutas numa encosta de formação calcária com cerca de 400 milhões de anos, consideradas uma das maravilhas da natureza. Antigos abrigos de tribos indigenas, o seu nome advei-o do Rio Batu que corre nesta colina e deu nome também à vila local. Foram descobertas no final do século XIX pelo Americano William Hornaday.
Situadas no distrito de Gombak, a cerca de 13km a norte de Kuala Lumpur, este é um local com forte cariz religioso e de peregrinação obrigatória para os seguidores do Hinduísmo, em todo o mundo, particularmente no festival Thaipusam na Malásia (ocorre no início do ano, entre o final do mês de Janeiro e o início do mês de Fevereiro). 
 
 
Estas grutas são um dos santuários Hindús mais populares fora da Índia, dedicado à divindade Murugan, que surge logo à entrada deste complexo, como uma estátua com quase 43 metros de altura, pintada a ouro. Por tráz da mesma ergue-se uma longa escadaria com 272 degraus. 
 
 
 
Da estação de KL Sentral apanhamos a linha castanha KTM-Komuter cujo terminal é a estação de Batu Caves. Se verificarem no mapa que disponibilizei no post anterior vêm que é realmente fácil lá chegar.
São três as principais grutas e várias outras mais pequenas. Logo no cimo da escadaria encontramos a maior e também a principal gruta, a Temple Cave ou Cathedral Cave, de entrada livre e gratuita.
 
 



 
 
Como podem ver pelas fotos anteriores esta Gruta tem uma altura enorme! Está repleta de diversos santuários hindús.
 


Na base da colina encontramos as outras duas grutas, a Art Gallery Cave e a Museum Cave, ambas repletas de pinturas e estátuas Hindús, muitas que "contam" a história de Murugan.
Estas grutas estão habitadas por uma fauna e flora diversa. Abaixo da gruta principal, encontramos a Dark Cave, um grupo de grutas que se entendem por 2 km, que pelas suas condições ambientais encontram-se praticamente intocáveis! Este conjunto está repleto de estalactites e estalagmites, assim como de outras formações naturais e espécies animais e vegetais únicas no mundo. De forma a manter e conservar a ecologia destas grutas, o seu acesso é restrito e, por isso mesmo, pago. Existem alguns itinerários possíveis de realizar na Dark Cave, com valor e duração variáveis, mas sempre acompanhados de guia e com equipamento de uso obrigatório, como lanternas, capacete e vestuário apropriado a este tipo de aventura!
 
 
Contudo, um pouco por todo este complexo, os seus habitantes mais conhecidos são macacos, populares entre os turistas e alimentados por eles, voluntária ou mesmo involuntariamente! Bons a "sacar" comida e outros objectos aos turistas que por lá passam diariamente, tenham atenção que estes macacos podem ser um pouco perigosos (mordem, batem), especialmente quando contrariados... por isso tenham especial cuidado com as crianças! No meu caso tentei mesmo abstrair-me da sua presença e não me aproximar muito deles. Claro que também não levava comida comigo que os pudesse atrair.
 
 
 
Este complexo é um lugar único que consegue reunir a natureza com a religião e é realmente impressionante. Com uma beleza muito própria é um local de passagem, a meu ver, obrigatório para quem viaja pela Malásia ou mesmo pelo Oriente e tem a possibilidade de por aqui passar. Mesmo em Banguecoque, na Tailândia, existe um terminal do qual parte um autocarro que realiza o percurso até às Batu Caves.
Assim termino o meu relato sobre a viagem que empreendi pela Malásia! Apesar dos seus contrastes, não esquecerei este país e espero ter-vos suscitado curiosidade para o conhecerem :) Cada país é único e cada experiência de viagem é sempre marcante.
Boas viagens!

domingo, 21 de outubro de 2012

Capadócia

Todos os locais que visitamos são únicos! No entanto, tenho que admitir, para mim há uns mais únicos que outros - é o caso da Capadócia. Porque este sítio parece que foi tirado do nosso imaginário e construído propositadamente para que o apreciássemos. Tem tanto de  invulgar e original que por vezes custa a crer que seja real e resultado de um acaso da natureza. É uma tarefa inglória tentar descrevê-lo, porque as palavras não lhe vão fazer justiça. A Capadócia tem obrigatoriamente de ser vista e vivida! 




A Capadócia localiza-se na região da Anatólia Central, tal como o nome indica, no centro da Turquia. Kayseri é a maior cidade desta região e onde se localiza o aeroporto mais próximo. Não vai ser difícil encontrarem um hotel onde ficar, pelo contrário, o difícil vai ser escolher entre os hotéis existentes nesta zona, a maior parte deles construídos em consonância com as formações rochosas e inseridos no meio das montanhas. 

São hotéis  charmosos e encantadores que nos fazem sentir como se tivéssemos num pequeno castelo. Deixo duas sugestões: Boutique Cave Hotel e Sacred House.



A paisagem tão particular da Capadócia é resultado da erupção de alguns vulcões, hoje extintos, que há milhares de anos atrás deixaram uma "capa" mole de cinza e lama vulcânica denominada tufo. O tempo e as condições meteorológicas deram origem às magníficas formações rochosas tão variadas e originais. Com alguma imaginação conseguimos encontrar formas de animais, pessoas, etc...



O facto do solo ser macio permitiu que este fosse escavado e aproveitado para criar habitações. Em algumas zonas construíram autênticas cidades subterrâneas, onde se esconderam os cristãos fugindo às perseguições romanas, que possuem locais para dormir, salas de armazenamento, igrejas, sistemas de ventilação e um sistema de saída de fumos  na montanha distante do local da cozinha para disfarçar a sua localização. Os engenheiros da altura eram qualquer coisa de surpreendente! 











   
As cidades mais importantes são as de Kaymakli e de Derinkuyu, sendo que eu visitei a primeira. Foi descoberta em 1964 e acredita-se que entre os séculos VI e IX alojou milhares de pessoas. Tem oito andares, estando apenas cinco destes abertos ao público e estima-se que a cidade deva cobrir cerca de 25 km2. 






Vale a pensa visitarem estas cidades se não sofrerem de claustrofobia. O ar que se respira lá em
baixo é "pesado" e deparamo-nos com um labirinto de corredores pequenos e apertados, onde na maior parte do tempo temos de andar de cócoras. 



O Museu ao ar livre de Goreme, considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, e talvez por isso ainda tão bem conservado, possui a a maior concentração de capelas e mosteiros escavados nas rochas. Aqui viviam e trabalhavam os monges. 
Podem observar-se vários frescos com imagens do Antigo Testamento ou da Vida de Cristo.







Um dos locais que mais gostei na Capadócia foi o vale de Ihlara, provavelmente devido ao seu enquadramento. Trata-se de um impressionante desfiladeiro, no qual circula o rio Melindiz, onde vamos encontrando várias escavações feitas na rocha. A maioria destas são igrejas que datam do século XI e onde ainda se podem observar alguns frescos, infelizmente em más condições.







E, como se esta paisagem não fosse suficiente por si só para nos deixar maravilhados, eis que no final do passeio somos presenteados com um almoço literalmente em cima do rio. O restaurante pequeno e muito bem integrado no ambiente, serve deliciosas refeições numas mesas extraordinariamente bem localizadas. Que mais se pode pedir?


Depois disto, precisam de mais razões para conhecer a Capadócia? Eu voltaria lá já amanhã.