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terça-feira, 31 de julho de 2012

República Dominicana

Hoje vamos até à República Dominicana :)


A República Dominicana é um país de clima tropical, situado na Ilha de São Domingos, cuja única fronteira, a oeste, é com o Haiti. É o segundo maior país das Caraíbas (a seguir a Cuba), tanto a nível populacional como a nível de área territorial. Habitada originalmente pelos indígenas Taínos, foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1492, ao chegar a Santo Domingo, sua capital. A língua oficial é o Espanhol.



Esta foi das poucas viagens que fiz com sabor a dolce fare niente. Numa altura em que a prioridade era mesmo descansar ao máximo, escolhemos este destino, conhecido pelas suas boas praias, para recuperar energias. E não nos decepcionámos pois, não tenho qualquer dúvida, quando afirmo que aqui encontrei das melhores praias que já tive oportunidade de conhecer. Marcámos a estadia por agência de viagens - GeoStar - num hotel em Punta Cana e, no destino, reservámos 3 tours - pela Iberostar - que recomendo, de forma a conhecer mais um pouco este país. Pela minha experiência até hoje, escolher os tours no destino compensa, monetariamente, em relação a reservá-los a partir de cá, pela agência de viagens nacional. Por outro lado, ninguém melhor que os guias turísticos do país que visitamos, para nos aconselhar acerca das melhores excursões a realizar.
  
Punta Cana é uma região situada no litoral este da ilha, famosa pelas suas praias e onde estão situados vários hóteis de alta qualidade, pelo que esta é uma zona bastante turística.

Logo à chegada ao aeroporto internacional de Punta Cana, ficámos encantados com a sua arquitectura e fomos recebidos por uns locais, bastante simpáticos, fardados a rigor com trajes típicos do país.









Ficámos hospedados na zona do Bávaro, no hotel "Grand Paradise Bávaro, Beach Resort Casino & Spa" do grupo hoteleiro "Amhsa Marina", um complexo na linha da frente da praia..., em regime de alojamento com tudo incluído.
 
 

A cor da areia e a cor e a temperatura da água são realmente fabulosas, mas mais do que durante o dia, observar o pôr e o nascer do sol foram ocasiões imperdíveis.

 
O primeiro tour que realizámos foi para visitar a cidade de La Romana, mais concretamente a vila Altos de Chavón e a Ilha Saona. Inicialmente estávamos indecisos entre visitar a Ilha Saona ou a península de Samaná, também uma zona turística muito conhecida, situada a nordeste da ilha. Contudo, o que os guias locais nos aconselharam foi que estes são ambos locais muito semelhantes, em termos de beleza natural e praias com águas quentes e cristalinas, mas que, dada a nossa localização (de estadia) iríamos desfrutar de mais tempo útil em Saona, em relação a Samaná, dado que a distância a esta última, e o consequente tempo de transporte, seria consideravelmente maior (o que se iria reflectir, igualmente, no custo da excursão). Alguns dos viajantes, que tenham estado em Samaná, quer aqui partilhar connosco a sua experiência neste local?

Altos de Chavón é uma vila típica medieval, muito agradável, e caracterizada por um estilo europeu mediterrânico, banhada pelo Rio Chavón, local de fimagem de alguns filmes como os épicos "Apocalypse Now" e "King Kong" (a versão original).

Este anfiteatro, com uma capacidade de 5000 lugares, é utilizado como palco de vários concertos e eventos musicais que ocorrem no país. 

Já agora uma curiosidade: o cantor Juan Luís Guerra, autor do famoso hit "Borbujas de Amor" é Dominicano :)

A Ilha Saona é a maior ilha situada mesmo junto à República Dominicana e é um local de eleição para desfrutar do sol e do Mar das Caraíbas, famosa também por ter sido o "pano de fundo" do filme "Lagoa Azul". Tem mesmo uma zona de piscinas naturais, repletas de estrelas do mar que fazem as delícias dos turistas!

O segundo tour serviu para conhecer a capital da República Dominicana, Santo Domingo de Guzmán, a maior cidade deste país e com maior densidade populacional. Este é a típica cidade colonial, tendo sido declarada Património Mundial pela UNESCO. Foi a primeira cidade fundada no "Novo Mundo" e é conhecida como "a mais antiga das Américas".



Em primeiro lugar visitámos uma fábrica de charutos, produto típico deste país. Cuidado quem tem um faro muito apurado pois o odor desta fábrica é mesmo muito intenso.





Seguidamente, conhecemos as profundas grutas subterrâneas "Cuevas de Los Trés Ojos", compostas por lagos de água doce e repletas de estalactites e estalagmites. Aqui é possível fazer um passeio em botes.

Visitámos o "Alcázar de Cólon", edifício mandado construído por Diego Colombo, filho de Cristóvão Colombo. Esta foi a casa onde habitou a família Colombo por várias gerações e onde ainda encontramos vários objectos e peças de mobiliário originais, utilizados por esta família. Do outro lado da rua encontramos vários restaurantes inseridos em casas de estilo colonial conhecidos como "Las Altarazanas" que servem gastronomia nacional e internacional.

A poucos metros deste edíficio encontramos a "Catedral Primada da América", a primeira a ser construída pelos espanhóis, no "Novo Mundo". Ainda disponibiliza serviço religioso.


Passeando pelo Parque Colón encontramos o centro das actividades culturais da cidade e esta estátua de Cristóvão Colombo.
"Faro a Colón" é um edifício com cerca de 31mt de altura e 800mt de comprimento onde encontramos alguns museus históricos, com documentos antigos, uma capela e um mausoléu onde se encontram os restos mortais de Cristóvão Colombo. Construído com a forma de uma cruz, quando as suas luzes se acendem durante a noite, esta forma é projectada no céu, visível a vários km de distância.


 

Em pleno centro encontramos ainda o café HardRock, local para mim obrigatório de visitar, em qualquer cidade do mundo. Claro que trouxe de lá uma t-shirt para a minha colecção!

O terceiro tour foi escolhido pela possibilidade em realizar algumas actividades diferentes, como assistir a um espectáculo com um leão marinho ao qual pudémos dar um beijo, no final do mesmo, nadar com golfinhos, fazer snorkle numa piscina natural com tubarões "domesticados" e experimentar o Seaquarium, um tipo de mergulho cujo equipamento principal é um escafandro. No barco que nos conduziu ao longo deste percurso tivémos também aulas de merengue e de bachacha, dança típica, inventada mesmo pelos Dominicanos. Foi realmente um dia muito bem passado :) 

Espero ter aqui deixado um bom testemunho sobre esta viagem e as experiências mais marcantes que vivi. Boa viagem para quem nos têm acompanhado neste blogue :)

domingo, 29 de julho de 2012

Bali

A Indonésia é um “mundo”. Seria preciso mais de um ano a viajar por lá para ficarmos a conhecer uma boa parte deste país. É composto pelo maior arquipélago do mundo tendo cerca de 17508 ilhas. Imaginem a minha frustração quando, depois de ter decidido fazer uma viagem durante 3 semanas pela Indonésia, agarro no Lonely Planet e começamos a tentar decidir onde ir. A Bem dizer não o fizemos, fomos e depois de lá estarmos decidimos! Ponto assente, seria Bali. Esta é sem dúvida a ilha mais famosa e turística da Indonésia e para quem leu o livro “Eat, pray, love” da Elizabeth Gilbert, é difícil não ficar com curiosidade de conhecer este pedacinho de terra. Depois, a partir daí logo se veria… Escusado será dizer que esta viagem foi totalmente organizada por nós e feita ao “sabor da corrente”. 

Gostaria de vos dizer que a Indonesia é o quarto país mais populoso do mundo e o primeiro dos países islâmicos, o que quer dizer que a população é maioritariamente muçulmana. No entanto, em Bali a população é praticamente toda Hindu, pelo que todas as suas manifestações culturais vão de encontro ao Hinduísmo. Talvez devido a este facto esta ilha se tornou tão popular e turística. 





Se consultarem alguns sites percebem que a melhor época do ano para ir para Bali são os nossos meses de verão, ou seja, entre Junho e Setembro porque equivale aos meses de menor precipitação lá. Decidimos ir em Junho porque, dentro da época alta, é a menos confusa e os preços não são tão elevados como em Julho e Agosto.

Comprámos os voos de Londres para Denpassar, capital de Bali, com escala em Kuala Lumpur e os voos de Lisboa-Londres à parte, uma vez que assim saía consideravelmente mais barato do que comprar Lisboa-Denpassar. 



Depois de alguma pesquisa e leitura do nosso amigo mais precioso, Lonely Planet, escolhemos um percurso em Bali que não queríamos deixar de fazer. Esse percurso veio a revelar-se, na minha opinião, bastante acertado.






Assim que aterrámos em Denpassar apanhámos um táxi para Ubud. Os táxis em Bali são baratos e apesar de termos feito entre 45 minutos a uma hora de carro, pagámos apenas 200,000 rupias que são à volta de 17 euros.
Ubud, apesar de ser uma cidade pequena, é considerada o centro cultural de Bali e a meu ver um dos sítios mais atractivos da ilha. É uma cidade deliciosa, com um ambiente inspirador que convida a uma estadia de vários dias para aproveitar não só a cidade como os magníficos arredores repletos de campos de arroz verdejantes. A zona central, e mais antiga de Ubud, é formada por três ruas principais onde estão localizados a maioria dos restaurantes, lojas e galerias de arte da cidade o que torna fácil deslocarmo-nos a pé. 












Uma das atracções na cidade é o Templo dos Macacos (Sacred Monkey Forest Sanctuary) que vale a pena visitar pela beleza da floresta envolvente. Cuidado com os macacos, eles são bastante atrevidos para não dizer demasiado. Não hesitam em saltar para cima de nós e roubar-nos comida ou o que quer que achem atractivo. O truque é não levar nada nas mãos, nem à vista, porque até embalagens de protector solar os vi roubar. 







Quem tiver curiosidade em conhecer a famosa Wayan, curandeira espiritual do livro e respectivo filme “Comer, orar, amar” ela existe mesmo e tem uma espécie de consultório/loja/restaurante aberto ao público. Quanto a mim, acho que se tornou um pouco turístico e comercial ,mas não deixa de ter a sua piada e interesse em visitar. 



Para explorar as atracções nos arredores, nós alugámos uma mota que aqui existem às dezenas prontas a alugar em qualquer sítio. Para quem não gosta de andar de mota pode alugar um carro com ou sem guia. Geralmente quem aluga as motos também tem carros para fazer serviço de táxi. Têm também a hipótese de se dirigir a uma das agências de viagens existentes na cidade e que organizam "tours".
Nas proximidades de Ubud existem vários pontos de interesse dos quais destaco dois porque considero imperdíveis: 
- O templo Gunung Kawi em Tampaksiring. Em todos os templos a que forem não podem entrar de calções ou saias, pelo que terão de colocar sempre um lenço grande à volta da cintura: disponibilizam sempre à entrada de cada templo e não é preciso pagar para além do bilhete de ingresso. Não se deixem enganar porque em vários locais vão tentar vender-vos os lenços dizendo que sem eles não podem entrar. 










Para quem quiser uma água de coco fresquinha é só dar uns trocados ao senhor que ele, em muito pouco tempo, sobe à palmeira para o trazer...











- O rio Ayung que circula por entre vales lindíssimos e onde é obrigatório fazer uma caminhada ou perder umas horas a apreciar as vistas. Não é à toa que aqui se localizam alguns dos melhores e mais caros hotéis de Bali, entre eles o Four Seasons que para mim tem das melhores vistas na região. Para quem tiver uma carteira bem recheada não hesitem em passar aqui uma ou duas noites a apreciar tamanha beleza e tranquilidade. Quanto a nós, limitámo-nos a passear pelo desfiladeiro que se situa em frente ao hotel, com um guia contratado no local a troco de algumas rupias - um empregado do hotel que se dispôs a fazer uma caminhada connosco durante duas horas e a mostrar-nos os cantos mais recônditos, que geralmente só quem ali vive e trabalha conhece.









Em Ubud contratámos os serviços de um guia com táxi para nos acompanhar durante 3 dias/2 noites no percurso que queríamos fazer na região norte da ilha. Conhecemo-lo quando andávamos à procura de mota para alugar e gostámos logo dele. Foi um excelente guia porque possui todas as características necessárias. Fala bem inglês, tem um jipe confortável, é tranquilo na condução e o mais importante, levou-nos a conhecer locais muito agradáveis onde não teríamos ido sozinhos. Deixo aqui o seu contacto para o caso de algúem precisar: Kadek Brown - 081 936 327 697; dek_ren@hotmail.com.

Durante estes três dias fomos explorar a zona das Montanhas na região central de Bali onde existem alguns lagos, entre eles Danau Bratan. Este lago fica rodeado de montanhas e tem numa extremidade um templo hindu rodeado por água que, juntamente com o tempo nublado próprio das regiões montanhosas, lhe confere um ar bastante mistico e tipico de fotografia de postal.  




Depois do lago seguimos para Munduk, uma vila situada no meio das montanhas onde predominam as paisagens verdes, os rios e as quedas de água. Foi aqui que dormimos duas noites, num hotel muito bem localizado e com uma vista magnífica - Puri Lumbung Cottages. Este possui vários bungalows independentes rodeados de campos de arroz e com vista para as montanhas onde pode assistir a um pôr do sol fantástico.






O hotel oferece uma grande variedade de atividades, entre elas, caminhadas pelo meio da natureza onde pode tirar partido das vistas. Para os mais caseiros há a opção de cursos de dança ou de culinária balinesa, bem como aulas de ioga. Esta é uma zona de Bali que eu recomendo vivamente e onde aconselho que dispensem alguns dias se pretendem descansar e relaxar. 







Na minha opinião, Bali não tem propriamente praias fantásticas e paradisíacas, mas uma coisa é certa, é um paraíso para os amantes de surf! Não só pelas ondas fantásticas, mas por todo o espírito e ambiente que se vive. As melhores praias para este fim localizam-se no sul da ilha. Nós optamos por passar duas noites em Padang Padang Beach.

Aqui nesta zona a dificuldade está na escolha porque as praias seguem-se umas às outras e a oferta de alojamento é mais que muita. Nós optámos por uns bungalows originais, confortáveis e extremamente bem localizados! Chama-se "Le Sabot" e fica literalmente à beira de água pelo que acordávamos com o barulho das ondas a bater nas rochas. O único inconveniente para algumas pessoas é o facto de se ter de descer/subir uns "belos" e íngremes degraus para lá chegar. À semelhança de Ubud, também aqui alugámos uma scooter para percorrer os arredores.






Para além das inúmeras praias que aqui podem visitar existe um templo que vale a pena conhecer pela sua brilhante localização. Ulu Watu situa-se no topo de uma encosta à beira mar. 






Quanto a mim, fiquei rendida a Bali e à sua cultura. Em relação aos outros sítios da Indonésia, que tive o prazer de conhecer, prometo que irei escrever sobre eles mais adiante ; )