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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cambodja



Quando este ano decidi conhecer um pouco do mundo oriental, o Cambodja tornou-se uma passagem obrigatória. Numa viagem que contemplou a visita a quatro países vizinhos, Tailândia, Malásia, Singapura e Cambodja, este último destacou-se pela riqueza do antigo Império Khmer, uma das maiores civilizações antigas, que constrasta com um país demasiado pobre e com uma história política de um regime ditatorial muito recente.
Agradavelmente conheci um povo extremamente simpático, prestável, dedicado e interessado pelo turista. Existe uma grande preocupação com a recuperação dos templos antigos e cooperação com países estrangeiros que pretendem investir nestes projectos. Achei que me iria deparar com um país um pouco retrógrado ou "parado" no tempo pelo que qual não foi o meu espanto ao me deparar com algumas lojas de marcas internacionais, caixas de multibanco, resorts, etc. Em comparação com outros países da Ásia que visitei, achei as ruas bem mais limpas e os terrenos e as instalações mais cuidadas.
O Cambodja, antiga colónia francesa, é um país independente desde final do ano de 1953. Geograficamente faz fronteira com a Tailândia, Laos e Vietname. É um país maioritariamente em planície (tem uma única cadeia montanhosa - Cardamon), o que o torna vítima fácil dos efeitos do seu  próprio clima, caracterizado pelas monções. As monções de nordeste ocorrem na época mais seca, normalmente entre Novembro-Março. As monções tropicais, de sudoeste, acontecem entre Abril-Setembro e caracterizam-se por chuvas fortes que causam um grande aumento do caudal do Tonle Sap Lake. Por tudo isto, e sabendo que a principal fonte de rendimento do seu povo (e do próprio país) é o cultivo e exportação de arroz, percebemos que este é um país "obrigado" todos os anos a recomeçar praticamente do zero, uma vez que as inundações destróiem estes terrenos  e ameaçam a sobrevivência das famílias e das suas casas. Normalmente, as temperaturas são quentes oscilando entre os 20-35ºC. A religião dominante é o budismo mas existe também uma grande influência hindú.





Dediquei-me a conhecer a sua capital, Phnom Penh, e a província de Siem Reap, onde podemos visitar o fabuloso Reino de Angkor. Dada a minha incerteza do que iria encontrar, este foi o único país onde estabeleci contactos com agências locais, de forma a assegurar guia turístico nas deslocações e visitas que realizámos. A meu ver a presença de um guia ajudou-nos realmente bastante a organizar o percurso e a conhecer melhor este país, que tem tanto para nos contar. A nível de segurança, nunca senti qualquer tipo de ameaça.


Para entrar no Cambodja têm de ter um visto. No meu caso adquiri-o à chegada ao país, no aeroporto. Aqui pedem também uma fotografia tipo passe que, para o caso de não terem convosco, lá tiram-vos uma, mediante pagamento claro, por isso vão prevenidos com dinheiro em numerário. Durante a nossa estadia todo e qualquer pagamento que efectuámos foi em dólares americanos, moeda largamente aceite em todo o país. A moeda local é o Riel (KHR), mas este tem um valor muito baixo (para terem uma noção 1 euro é pouco mais de 5000 riel) pelo que a intenção é facilitar aos turistas os pagamentos que façam (e claro ganhar um pouco mais com este câmbio!). Mesmo nas máquinas de multibanco é possível levantar dinheiro directamente em dólares americanos.
Deixo-vos aqui o contacto da agência que nos acompanhou na descoberta do Cambodja: http://www.explorevanishingculture.com/ Esta equipa foi, sem dúvida, incansável na organização de um itinerário que integrasse as principais visitas a realizar em apenas 3 dias de viagem pelo Cambodja. A preocupação com a escolha do hotel e dos restaurantes foi também notória e os guias escolhidos mostraram-se com uma cultura enorme sobre o seu país, pelo que só tenho a agradecer a disponibilidade e o carinho que sempre manifestaram para connosco. Recomendo-os!

Para mim, o Cambodja ficou guardado como uma referência obrigatória do continente asiático, que recomendo a quem deseja visitar estas paragens!

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